galeria Osteoporose e fraturas por fragilidade: evitando lesão de quadril, a mais grave —

Pesquisadores estimam que, nas sociedades ocidentais, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerão uma fratura osteoporótica no restante da vida a partir dos 50 anos. Com o aumento da longevidade, aumenta o número de pessoas que sofrem esse tipo de fratura, causada pela queda da própria altura ou por um pequeno traumatismo.

Fraturas por fragilidade óssea são uma expressão da oesteoporose, doença que não apresenta sintomas.

Os pesquisadores Bernardo Stolnicki e Lindomar Guimarães Oliveira, com atuação no setor de Ortopedia do Hospital Federal de Ipanema, no Rio de Janeiro, observaram em estudo que metade dos pacientes que tiveram uma fratura do quadril teve uma fratura prévia. A lesão de quadril pode causar complicações fatais e exige tratamento de emergência.

Quando o osso está fragilizado e quebradiço, até mesmo um pequeno traumatismo torna-se capaz de trazer prejuízos à saúde da pessoa.

A boa notícia é que já existem tratamentos eficientes para prevenção da fratura de quadril, a lesão mais grave.

A fratura de quadril quase sempre requer cirurgia e fisioterapia, e os sintomas incluem a incapacidade de se mover depois de uma queda e dor grave no quadril ou na virilha. Pessoas com mais de 65 anos, devido à diminuição da densidade óssea e ao risco de queda que aumenta com o avançar da idade, podem sofrer mais fraturas de quadril.

Stolnicki e Oliveira destacam que temos tratamentos disponíveis que provaram ser extremamente eficientes para diminuir fraturas subsequentes, o que torna boa parte das fraturas de quadril evitável. A ausência de avaliação e tratamento dos pacientes com fraturas osteoporóticas ou por fragilidade é alarmente diante da disponibilidade de medicamentos que reduzem o risco de refratura.

No Brasil, pesquisadores utilizam em seus estudos a estimativa de que dentro de trinta anos o número de fraturas de quadril no país será em torno de 160 mil ao ano.

Bernardo Stolnicki e Lindomar Guimarães Oliveira destacam que diminuir o tempo de tratamento após uma fratura por fragilidade pode diminuir a ocorrência de novas lesões.
A taxa de ocorrência de fratura do quadril é um importante parâmetro da efetividade do tratamento para osteoporose. “Em países e sistemas que vêm investindo na prevenção da osteoporose e de suas consequências, o número de fraturas do quadril vem diminuindo”, afirmam Stolnicki e Oliveira. O que esses países e sistemas têm em comum, dizem os pesquisadores, são os esforços para evitar a fratura seguinte.

A osteoporose muitas vezes é descoberta somente após o sofrimento de uma fratura. Em condições normais, nosso corpo absorve e substitui o tecido ósseo constantemente.

Nas pessoas que sofrem com a doença, essa substituição com nova criação óssea não acompanha a remoção da camada óssea anterior, que continua a ser absorvida naturalmente.

Os resultados são diminuição da densidade dos ossos humanos e comprometimento da microarquitetura óssea, com consequente predisposição ao aumento do risco de lesões que causam rompimento ou trincamento de um osso.

A osteoporose não tem cura, mas pode ser evitada com hábitos saudáveis como exercícios físicos, boa ingestão de cálcio pela dieta alimentar e a exposição diária ao sol, por, pelo menos, 15 minutos. Também é importante evitar o consumo de álcool, cigarro e café, que são fatores de risco para desenvolvimento da doença.

O diagnóstico de osteoporose é feito principalmente por meio de exame de densitometria óssea, e o tratamento inclui medicamentos, dieta saudável e exercício de levantamento de peso para ajudar a prevenir a perda óssea. Profissionais de saúde podem ainda prescrever suplementos, quando julgarem necessário.

O tratamento tem como objetivo interromper o processo da doença, mas não é possível recuperar a densidade óssea perdida.

Embora o aumento do risco de novas fraturas após uma primeira ocorrência não seja constante ao longo do tempo, cientistas já sabem que esse risco  cresce de forma acentuada nos primeiros dois anos após a ocorrência da fratura que é utilizada como índice de medição. Assim, é importante que pacientes com fratura sejam identificados precocemente a tempo de reduzir o risco de nova lesão.

A prevenção inclui medidas para manter a densidade óssea e evitar quedas, além do uso de instrumentos para avaliação de risco de fraturas, testes, uso de medicação para osteoporose e métodos para identificar mulheres sem fratura, mas com risco elevado.

Diagnóstico e Prevenção

O diagnóstico de osteoporose é feito principalmente por meio de exame de densitometria óssea, e o tratamento inclui medicamentos, dieta saudável e exercício de levantamento de peso para ajudar a prevenir a perda óssea. Profissionais de saúde podem ainda prescrever suplementos, quando julgarem necessário. O tratamento tem como objetivo interromper o processo da doença, mas não é possível recuperar a densidade óssea perdida.

Embora o aumento do risco de novas fraturas após uma primeira ocorrência não seja constante ao longo do tempo, cientistas já sabem que esse risco cresce de forma acentuada nos primeiros dois anos após a ocorrência da fratura que é utilizada como índice de medição. Assim, é importante que pacientes com fratura sejam identificados precocemente a tempo de reduzir o risco de nova lesão.

A prevenção inclui medidas para manter a densidade óssea e evitar quedas, além do uso de instrumentos para avaliação de risco de fraturas, testes, uso de medicação para osteoporose e métodos para identificar mulheres sem fratura, mas com risco elevado.

Leia o artigo científico na íntegra em:

https://www.scielo.br/j/rbort/a/TH854ddqp9F4WtcRQxfC9Gg/?lang=pt#:~:text=Fratura%20por%20fragilidade%20%C3%A9%20definida,resist%C3%AAncia%20compressiva%20ou%20torsional%22%203

Texto de autoria de Silvana Schultze para o blog Permita-me. É permitida a reprodução desde que citada a fonte.

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